sexta-feira, 26 de abril de 2013

Como é dar a volta no fim do universo?!

Já fui a vários lands ends na Europa, América, África, Oceânia e depois são os mares e o firmamento. Normalmente dá-se a volta, faz-se inversão de marcha ou toma-se outro meio de transporte para poder ir mais além. Às vezes, também  é preciso fazer manobras quando o espaço é exíguo. No Sul do Chile, disse-se, por graça, que um camião para dar a volta tem que ir à Argentina! E no fim do Universo? Terá que se ir a outro lugar, a outro tempo? Há fim? Há fronteiras? Como são? Às vezes brinco comigo e parto nas asas do pensamento até ao fim do universo, mas será que há fim do universo? E se não houver, como é? Há outras terras, outros mares, há outras energias, forças,  outros meios espirituais para ir mais além?  Que além? Há outros universos? E no fim de todos esses universos como é? Será que no fim de cada coisa, de cada ação, de cada relação, de cada acontecimento há um fim ou, pelo contrários, não será que todos estes fins se ligam e abrem num sem fim?  Que sem fim? E quem está aí e continua para além desse fim dos fins? A experiência que nos fica é que a determinado momento a nossa imaginação, o nosso pensamento não conseguem ir mais além, nem mais fundo e tudo se apaga abruptamente. Será que é esse o lugar ou não lugar em que a mente, a consciência, a razão dão lugar a crença, à fé? Crença, fé em quê, em quem? Em algo, em alguém que evoluiu e continua a evoluir indefinidamente? Mas de onde vem e para onde vai esse evoluir espontâneo e constante? Trata-se de algo absoluto, relativo, finito, infinito? Sabemos que o universo se encontra em expansão. Para onde? Sabemos que os nosso sol se irá extinguir dentro de cinco milhões de anos. e outros sóis, estrelas, cometas, planetas já se extinguiram ou irão extinguir-se dentro uns milhões ou biliões de anos. O que fica e como fica depois? Mas estas questões que aqui alinhamos acerca do imensamente grande colocam-se também com a mesma acuidade em relação ao imensamente pequeno no que concerne às coisas, aos acontecimentos, às ações existentes e possíveis. Será que a resposta a estas interrogações terá que ser procurada na direção do imensamente inteligente? Que é ser imensamente inteligente?  Quem é esse imensamente inteligente e poderoso?  O Primeiro Motor?  A Suprema Ideia de Bem? O Ser Perfeito? O Infinito? O Supremo Arquiteto? O Ser? Deus? Um Deus da Razão? Um Deus Infinitamente Bom, Paciente e Misericordioso a que apenas a fé revelada, em Jesus Cristo, dá acesso?  Um Deus que é Pai de tudo e de todos, Criador? Para questionar todas estas interrogações, este era o livro que gostaria de escrever não apenas à luz desse poder mágico de conhecer e aprender que nos habita mas também através dessa abertura mística à fé que nos possibilita um outro poder, porventura, na fronteira do humano, crer e amar que nos permite simplesmente dizer: Abba Pater.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Descoberta sobre o conteúdo dos sonhos

Desde há muito, através, sobretudo, do estudo, investigação e experienciação nos domínios da Psicanálise e da Psicologia Profunda se conhece bastante sobre o conteúdo dos sonhos. Ultimamente, uma equipa de investigadores japoneses neurocientistas com o apoio de tecnologias informáticas avançadas deram um passo mais nesse conhecimento e compreensão. A experiência realizou-se no laboratório de Yukiyasu Kamitani, do Instituto Internacional de Pesquisas de Telecomunicações Avançadas (ATR) de Kioto. O Dr. Yuri Kamitani, coordenador do laboratório afirmou que "há muito tempo os humanos se interessam pelos sonhos e seus significados, mas até agora apenas a pessoa que sonha conhece o conteúdo do seu sonho". Talvez esta nova experiência permita conhecer melhor os seus conteúdos e a sua influência nas doenças psicológicas, momentos dramáticos da vida, etc. Estes cientistas obtiveram sinais do sonho de 3 pessoas e procuraram registar as imagens através de um dispositivo que as descodifica durante a fase onírica. Por sua vez, registaram repetidamente a actividade cerebral de 3 pessoas durante a fase do sonho. Na experimentação realizada, sempre que aparecia um sinal de ativividade onírica, era registado e a pessoa acordada para saber que imagem é que ela estava a ver no sonho. A experiência foi repetida 200 vezes por pessoa. Uma base de dados foi montada e a exploração da actividade mental feita por aparelhos de ressonância magnética, pois em 60 a 70% dos casos já se pode prever o sonho e estabelecer  a relação entre os sinais e as imagens. Yuri Kamitani afirmou ainda que os " resultados demonstram que a experiência visual durante o sonho é representada por padrões específicos de atividade cerebral, o que permite decifrar o conteúdo dos sonhos". Será necessário, a partir de agora, ampliar as bases de recolha de dados e tentar chegar a uma nível de predição mais elevado. De qualquer modo, o caminho está aberto e irá, com certeza, ser muito promissor para o estudo e compreensão da atividade onírica e tratamento de situações de uma forma mais objectiva, rigorosa e eficaz. Trata-se, por isso, de uma pesquisa muito interessante e que deve ser reconhecida e aproveitada no futuro, pois, ela poderá facilitar a reconstrução a posteriori através da sequência de imagens da narrativa do sonho, da lógica que lhe está subjacente e dos padrões de conhecimento, de afetos e volições concientes, subconscientes e inconscientes em que assenta. O coodenador e a equipa estão de parabéns.
(Tive acesso a esta notícia em 5/4/2013, pela comunicação social).