quinta-feira, 22 de março de 2012

A nova escola, os novos métodos e a nova "magia" de aprender

Partindo da hipótese que, na dinâmica da interação do arco reflexo entre sujeito, objecto e ulteriores mediações interiores que se foram desenvolvendo entre o sujeito e o objecto suportados por diferentes neurónios transmissores, receptores, a consciência continua a desenvolver-se, porventura, ainda mais aceleradamente, como se pode ler em António Damásio:
“Podemos conceptualizar o cérebro como sendo uma elaboração progressiva do que começou como um simples arco reflexo: neurónio NEU apercebe-se do objecto OB e informa o neurónio ZADIG, o qual impulsiona a fibra muscular MUSC e provoca movimento. Mais à frente na evolução seria acrescentado um neurónio ao circuito do reflexo, a meio caminho entre o NEU e o ZADIG. Trata-se de um interneurónio e iremos chamar-lhe INT. O seu comportamento faz com que a reacção do neurónio ZADIG deixe de ser automática. O neurónio ZADI apenas reage, por exemplo, se o neurónio NEU disparar com toda a sua força sobre ele e não se o neurónio ZADIG receber uma mensagem mais fraca; uma parte essencial da decisão fica nas mãos do interneurónio INT.” (2010:381-82),
na nova escola será preciso, porventura, não perder de vista este pressuposto em relação aos novos métodos de estudar e pesquisar e uma nova "magia" de conhecer e aprender que o tornar-se mais humano no futuro irá exigir. Julgo que, o ser humano se encontra em desenvolvimento constante e nesse desenvolvimento está a adquirir mais capacidade neurocerebral e a ser  mais consciente, livre e responsável. São, pelo menos, esses os indicadores das pesquisas em curso sobre o assunto. A curto e a médio prazo a escola terá certamente que acertar o passo por estas novas tendências ou ficará irremediavelmente desactualizada e parada no tempo contrariando a dinâmica, porventura, dialéctica, de um aperfeiçoamento evolutivo que parece estar inscrito na própria essência e natureza da realidade existente e possível.